segunda-feira, 19 de outubro de 2015

Ancestrais dormiam menos do que homem moderno

 Um estudo publicado esta semana pela revista “Current Biology” revelou que nossos ancestrais dormiam menos do que nós. A pesquisa, realizada por cientistas da Universidade da Califórnia, monitorou os padrões de sono em sociedades tradicionais da África e da América do Sul, que mantêm estilo de vida semelhante ao de caçadores antigos.Noventa e oito pessoas foram acompanhadas por 1.165 dias. Elas dormiam, em média, 6,5 horas por noite. Atualmente, de acordo com diversos levantamentos, os americanos dormem cerca de sete horas por noite.Segundo a nova pesquisa, a temperatura tinham nas comunidades antigas uma maior influência do que a luz nos padrões de sono.A questão é: o que mudou em nosso sono? — questionou Jerome Siegel, autor principal do estudo. — Estes grupos, que estão desaparecendo rapidamente, dão a última oportunidade para descobrirmos como nossos ancestrais dormiam antes de o homem formar uma civilização. E está claro que eles não dormem mais do que nós.Siegel afirmou que os três grupos analisados (os hadza da Tanzânia, os san da Namíbia e os tsimane da Bolívia) mantêm praticamente o mesmo tempo de sono.A equipe do pesquisador também averiguou que os membros destas comunidades praticamente não cochilam. A insônia também é muito rara. Dois destes grupos sequer tinham esta palavra em seu vocabulário.Os grupos adormeciam cerca de 3,3 horas após o pôr do sol. A temperatura exerce um papel fundamental no sono.— O sono ocorre no momento de queda da temperatura. Eles acordam quando ela atinge o seu ponto mais baixo — revelou Siegel.Atualmente, estima-se que o excesso de luzes artificiais, a TV e os smartphones sacrificam a nossa necessidade de sono — fatores inexistentes nas comunidades analisadas. 

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