Na
última sexta-feira (04), 99 denúncias foram apresentadas como parte da nova
política de "nomear e envergonhar" os responsáveis por abusos de
poder e crimes sexuais cometidos por soldados da Organização das Nações Unidas
(ONU).
A Organização adotou essa estratégia depois do escândalo
envolvendo o abuso de crianças e adolescentes por seus soldados na República
Centro-Africana, no ano passado, explicou a BBC Brasil. Uma menina
africana de sete anos, por exemplo, teria feito sexo oral em soldados franceses
em troca de uma garrafa de água e biscoitos.
Segundo o relatório, houve aumento nas denúncias, que
eram 80 casos registrados em 2014. Dos 99 casos denunciados em 2015, 69 foram
de abusos cometidos por soldados em missões de paz e 30 por funcionários da ONU
em outros setores, explicou a BBC.
Pela primeira vez foi divulgada a lista de países onde
ocorreram as denúncias: Alemanha, Burundi, Gana, Senegal, Eslováquia,
Madagascar, Ruanda, República Democrática do Congo, Burkina Fasso, Camarões,
Tanzânia, Níger, Moldávia, Togo, África do Sul, Benin, Nigéria e Gabão. Também
foram feitas denúncias contra funcionários de vários países europeus e do
Canadá.
Ainda de acordo com a BBC, o relatório da ONU pede que os
países dos acusados julguem os culpados em seus tribunais e a criação de um
banco de amostras de DNA de seus soldados para facilitar os processos
criminais.
(DOL)
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