Foi
aprovado pela Câmara Municipal de Juazeiro do Norte um projeto de autoria do
prefeito, Raimundo Macedo , que reduz em até 25% o salário dos professores da
rede pública do Município. Além disso, a carga horária foi aumentada e diversos
benefícios e direitos foram cancelados, tais como as vantagens para professores
próximos da aposentadoria ou que adquiram doenças no exercício da profissão.
Durante a
votação, ocorreram protestos organizados pelos interessados. Houve conflito
entre professores, vereadores e policiais militares, envolvendo, inclusive,
cassetetes e sprays de pimenta. A despeito disso, o projeto foi aprovado por
63% dos votantes.
Os
manifestantes chegaram a invadir o plenário, sendo contidos pela Polícia
Militar e pela Guarda Municipal. A aprovação deu-se sob vaias de professores e
simpatizantes. Quanto ao contexto nacional, emergem manifestos por melhorias na
educação pública, tanto por professores, quanto por alunos e cidadãos de outros
setores. Fato notável foi a greve dos professores municipais em São Paulo, no
mês passado.
A
justificativa para a aprovação seria relativa à necessidade de reduzir a
"inviável" folha de pagamentos da Prefeitura, alegando-se que o
salário anterior seria superior ao piso pago aos professores no Estado. Os
professores replicaram que não deveriam ser penalizados por isto, tendo em
vista que a Prefeitura mantém inúmeros cargos comissionados "desnecessários".
O piso
estabelecido pelo Ministério da Educação para o magistério é de R$1,56 mil. Os
professores recebiam cerca de R$2,2 mil, incluindo benefícios.
Qual é a
sua posição a respeito? Os professores deveriam ser penalizados por uma
aparente má gestão nas contas da Prefeitura? O fato de receberem acima do piso
no Estado é uma justificativa para a redução? O piso deveria ser aumentado? Há
relação entre a qualidade da educação e o salário dos professores? Opine e
contribua para a construção do diálogo democrático.
Lígia
Ferreira é analista de sócio-mecanismos.
Com informações de O Povo e Jornal da Educação.
Com informações de O Povo e Jornal da Educação.
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